Hoje a nossa querida Triunfo Potiguar
completa vinte e um anos de emancipação, o que me faz lembrar outros
aniversários seus. Tempos em que esta data era celebrada com imenso entusiasmo por
todos. Lembro-me com saudades das ruas ornamentadas, das programações com
torneios de futebol, corrida de jegue, atletismo, corrida de bicicleta, gincanas,
concursos, entre outras atividades que tinham como objetivo aproximar os
triunfenses, despertando um sentimento de saudosismo.
Lembro-me com carinho dos desfiles
cívicos realizados pelas repartições públicas. Em especial as escolas em que,
juntos, professores funcionários e alunos davam tudo de si em prol do sucesso
de um trabalho que lhes davam prazer, lhes davam a satisfação de se sentirem parte
da festa de comemoração da maior conquista do nosso município. Naquele tempo
sentíamos orgulho de dizer que éramos triunfenses.
Não sei como as coisas puderam chegar a
esse patamar, fico me perguntando aonde foi parar aquele civismo, aquele orgulho
de ser triunfense, aquela gana de crescer junto com o nosso município.
Aonde foi parar aquela ansiedade ao ponto
contar os dias para a chegada do dia 26 de junho? Será que foi sufocada pela
péssima fase que o quadro político do nosso município atravessa? Será que realmente
queríamos que isto estivesse acontecendo? Será mesmo que merecemos passar por
isso?
Alguns podem até querer mudar o foco,
mas não há explicação para um dia 26 de junho sem comemorações. O que há é
falta de compromisso daqueles que escolhemos como os nossos representantes. Ou você,
caro leitor, acredita mesmo que a “festa do dia 26” limita-se apenas ao show de
uma banda qualquer em praça pública? Não! A nossa, até então, tradicional festa
de emancipação política envolve inúmeros fatores culturais e econômicos.
Era nesse período que reacendíamos a
chama do civismo em nosso peito. Eu sinceramente imaginava o dia em que eu
comeria um pedaço de um bolo que mediria vinte e um metros, assim como em anos
anteriores. Eu buscava imaginar que valsa iria ouvir a filarmônica tocar no
baile em comemoração às bodas de zircão deste, antes, lindo casamento entre
Triunfo e os triunfenses, que agora não passa de um mar de decepções.
Gostaria sinceramente de entender o porquê
de tudo isso. Se por causa do decreto que veta gastos com a contratação de atrações musicais em municípios
que decretaram estado de calamidade por causa da seca, porque então houve festa
de emancipação no ano passado? Seria pelo simples motivo de estar às vésperas
de uma eleição? Será que o principal intuito daquele fiasco de festa foi apenas
não desagradar os eleitores às vésperas de uma campanha de reeleição? Se foi
apenas esse o motivo, então a burrada que os triunfenses fizeram foi maior que
o imaginável.
Isso quer
dizer que aqueles que elegemos para que nos representássemos desconhecem
totalmente o significado da palavra desenvolvimento. Já que um evento do porte
da tradicionalíssima “Festa do dia 26”, como é mais conhecida, é, não apenas
mais um gasto, pelo contrário. Alguém já parou para pensar na quantidade de turistas
e filhos da terra a nossa cidade recebia todos os anos nesta data? Quanto
dinheiro circulava por aqui nesses dias de festividades? Qualquer criança é
capaz de perceber os benefícios à economia triunfense trazidos com as
comemorações da festa de emancipação.
Sem falar
no cunho cultural, na reputação que a nossa festa do dia 26 cultivava a cada
ano. Tento imaginar como será daqui pra frente se mantiverem a ideia de mudar a
data da comemoração. Isso acarretaria uma perda total da nossa identidade. Como
passaríamos a chamar essa comemoração? Festa sem data? Acho que não combinaria.
Festa de emancipação? Sem chance! O nosso município foi emancipado no dia 26 de
junho.
Não sei
de quem foi essa infeliz ideia de querer mudar a data dessa importante
comemoração para nós triunfenses. Mas sei de uma coisa, essa pessoa pode até
ter nascido e crescido em Triunfo Potiguar, mas com certeza ela não é
triunfense. Porque um triunfense de verdade jamais terá a intenção de destruir
a história e a cultura deste município.
E agora
para matarem um pouco da saudade dos bons tempos em que tínhamos uma grande
festa de emancipação, uma grande “festa do dia 26”, assista ao vídeo da festa
de emancipação do ano de 2008 e reflitam acerca da borracha que estão passando
sobre a nossa cultura.
como se orgulhar se o nosso povo ao eleger nossos governantes não se preocuparam com a gestão e sim com quem lhe oferecesse melhor proposta pessoal, (guardadas as devidas exceções) quando na verdade o que importaria de fato ara o melhor para o nosso município...paciência meu povo querido... estamos apenas colhendo o que plantamos nas urnas...e na próxima vez sejam menos egoístas...abraços de um triunfense.
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